quarta-feira, 23 de abril de 2014

Religião e Neurose





Qualquer pessoa que conheça um pouco de história sabe que o depois do século XVIII o mundo nunca mais foi o mesmo. Uma das grandes mudanças no pensamento foi promovida pela psicanálise que revelou no coração do homem, em seu desejo existe uma carência, um vazio, que nada nem ninguém podem preencher; carência que se constitui no motor de nossos afazeres, buscas e inquietações, constitui também a origem de uma inevitável alienação, que, em meio a uma multidão de fantasias, encontra-se sempre disposto a renascer. 

Entre todas as esferas a religião foi uma das que se viram mais afetadas pelo pensamento psicanalítico.

Para Freud, os cerimoniais da neurose revelam-se em surpreendente analogia com as práticas religiosas. Ambos se encontram motivados por intenso sentimento de culpa, originários, por sua vez, de desejos recalcados no inconsciente, dos quais um e outro – o neurótico e o homem religioso – se defendem mediante cerimônias.

Desta forma, ele, considerou a neurose obsessiva como uma religião individual e a religião como uma neurose obsessiva universal. 

Nessa sexta-feira estaremos trabalhando esse tema. Envie sua pergunta.

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